História do Vidro
Fonte: (Wikipedia)
"Os fenícios
contam que ao voltarem à pátria, do Egito, pararam às margens do Rio Belus, e
pousaram sacos que traziam às costas, que estavam cheios de natrão (carbonato
de sódio natural, que eles usavam para tingir lã). Acenderam o fogo com lenha,
e empregaram os pedaços mais grossos de natrão para neles apoiar os vasos onde
deviam cozer animais caçados. Comeram e deitaram-se, adormeceram e deixaram o
fogo aceso. Quando acordaram, em lugar das pedras de natrão encontraram blocos
brilhantes e transparentes, que pareciam enormes pedras preciosas. Um deles, o
sábio Zelu, chefe da caravana, percebeu que sob os blocos de natrão, a areia
também desaparecera. Os fogos foram reacesos, e durante a tarde, uma esteira de
liquido rubro e fumegante escorreu das cinzas. Antes que a areia incandescente
se solidificasse, Zelu plasmou, com uma faca aquele líquido e com ele formou
uma empola tão maravilhosa que arrancou gritos de espanto dos mercadores
fenícios. O vidro estava descoberto."
Esta é uma versão um tanto lendária. Mas, notícias mais
verossímeis, relatam que o vidro surgiu pelo menos 4.000 anos A.C.. Julga-se
entretanto que os egípcios começaram a soprar o vidro em 1.400 A. C.,
dedicando-se, acima de tudo, a produção de pequenos objetos artísticos e
decorativos, muitas vezes eram confundidos com belas pedras preciosas. Sua
decomposição é de 4000 anos. A cada 1000 kg de vidro leva-se 1300 kg de areia.
Foi só no século XVIII que se estabeleceu em Portugal a
indústria vidreira — na Marinha Grande — e ainda hoje esta existe.
Anteriormente, há notícia, desde o século XV, da existência de alguns
produtores artesanais de vidro. É conhecido o labor do vidreiro Guilherme, que
trabalhou no Mosteiro da Batalha. O vidro era obtido através da incineração de
produtos naturais com carbonato de sódio (erva-maçaroca). Houve diversos fornos
para a produção vidreira em Portugal, mas a passagem de uma produção artesanal,
muito limitada, para a produção industrial foi lenta. Uma fábrica existente em
Coina veio a ser transferida para a Marinha Grande, em consequência da falta de
combustível. Estava-se no reinado de D. João V. A proximidade do Pinhal de
Leiria, teria aconselhado a transferência da antiga Real Fábrica de Coina.
Depois, o Marquês de Pombal concedeu um subsídio para o reapetrechamento desta
fábrica vidreira na Marinha Grande.
O vidro é um material que não se pode determinar o tempo
de permanência no meio ambiente sem se degradar, e também não é nocivo
diretamente ao meio ambiente, por isso é um dos materiais mais recicláveis que
existe no consumo humano[4]. Para minimizar as emissões gasosas dos fornos a
gás, as indústrias utilizam gás natural, que provoca menor impacto no meio
ambiente.
Os vidros são usados para dar maior característica à
massa da madeira e são compostos de anidrido sílico, anidrido bórico e anidrido
fosfórico.
Os fundentes possuem a finalidade de facilitar a fusão da
massa silícea, e são compostos de óxido de sódio e óxido de potássio.
Os estabilizantes têm a função de impedir que o vidro
composto de silício e álcalis seja solúvel, e são: óxido de cálcio, óxido de
magnésio e óxido de zinco.
Depois da extração das pedras, da areia e moenda do
quartzo, procede-se a lavagem a fim de eliminar-se as substâncias argilosas e
orgânicas; depois o material é posto em panelões de matéria refratária, para
ser fundido.
A mistura vitrificável alcança o estado líquido a uma
temperatura de cerca de 1.300°C e, quando fundem as substâncias não solúveis
surgem à tona e são retiradas. Depois da afinação, a massa é deixada para o
processo de repouso, de assentamento, até baixar a 800°C, para ser talhada.
Fabricação de peças em vidro usando moldagem por sopro.
A fabricação é feita no interior de um forno, onde se
encontram os panelões. Quando o material está quase fundido, o operário imerge
um canudo de ferro e retira-o rapidamente, após dar-lhe umas voltas trazendo na
sua extremidade uma bola de matéria incandescente.
Agora a bola incandescente, deve ser transformada numa
empola. O operário gira-a de todos os lados sobre uma placa de ferro chamada
marma. A bola vai se avolumando até assumir forma desejada pelo vidreiro.
Finalmente a peça vai para a seção de resfriamento
gradativo, e assim ficará pronta para ser usada.
Tipos de vidros
Obsidiana: vidro formado naturalmente. Vidro para
embalagens - garrafas, potes, frascos e outros vasilhames fabricados em vidro
comum nas cores branca, âmbar e verde;
Vidros para a construção civil - Vidro plano - vidros
planos lisos, vidros cristais, vidros impressos, vidros refletivos, vidros anti-reflexo,
vidros temperados, vidros laminados, vidros aramados, vidros coloridos, vidros
serigrafados, vidros curvos e espelhos fabricados a partir do vidro comum;
Vidros domésticos - tigelas, travessas, copos, pratos,
panelas e produtos domésticos fabricados em diversos tipos de vidro;
Fibras de vidro -
mantas, tecidos, fios e outros produtos para aplicações de reforço ou de
isolamento;
Vidros técnicos -
lâmpadas incandescentes ou fluorescentes, tubos de TV, vidros para laboratório
(principalmente o vidro borossilicato), para ampolas, para garrafas térmicas,
vidros oftálmicos e isoladores elétricos;
Vidro temperado -
aquecimento entre 700° e 750° através de um forno e resfriamento com choque
térmico, normalmente a ar, causando aumento da resistência por compactação das
camadas superficiais. O aumento da resistência mecânica chega a 87%. O vidro
após o processo de têmpera não poderá ser submetido a lapidação de suas bordas,
recortes e furos.
Vidro laminado -
composto por lâminas plásticas e de vidro. É utilizado em pára-brisas de
automóveis, clarabóias e vitrines.
Vidros comuns
decorados ou beneficiados - São os vidros lapidados, bisotados, jateados,
tonalizados, acidados, laqueados e pintados, utilizados na fabricação de tampos
de mesas, prateleiras, aparadores, bases e porta-retratos. Nas espessuras de 2
mm a 25 mm (já se fabricam vidros planos de até 50 mm, para fins especiais em
construção civil).
Vitrocerâmica -
obtido submetendo o vidro comum a temperaturas elevadas (500°C-1000°C) o que
provoca a sua cristalização. Possui maior resistência.
Reciclabilidade
Transparência
(permeável à luz)
Dureza
Não absorvência
(impermeável à fluidos)
Ótimo isolante
elétrico
Baixa
condutividade térmica
Recursos
abundantes na natureza
Durabilidade
Reciclável;
Higiênico;
Inerte;
Versátil;
Impermeável;
Transparente;
Difícil corrosão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário